SC tem espaço na Colômbia para vender moda esportiva e artefatos de couro
As roupas esportivas brasileiras e artefatos de couro têm espaço na Colômbia, mas para ingressar neste mercado, as empresas devem estabelecer um modelo de negócios diferenciado, com agregação de valor e lançamento de coleções em curto espaço de tempo, mais alinhadas às exigências dos consumidores.
As informações foram repassadas pelos organizadores da feira ColombiaModa à delegação brasileira, integrada por empresas de seis Estados, entre eles, Santa Catarina.
A feira, realizada em Medellín, é uma das principais do segmento na América Latina. A missão, que segue até o dia 29 de julho, é articulada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) em conjunto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Apex-Brasil.
A presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, que participa da missão, afirma que novos negócios para as empresas catarinenses se mostram muito claros a partir do momento que tem um acordo assinado entre Mercosul e Colômbia, reduzindo as tarifas.
“Mas a grande sacada vai ser aproveitar não só a redução da tarifa entre Mercosul e Colômbia, mas olhar o fato de a Aliança do Pacífico, formada por México, Chile, Peru e Colômbia, também terem reduzido a zero as alíquotas dos setores de confecções e têxteis.
Então, neste momento, para esses setores, a Colômbia deverá ser um caminho para buscar alianças estratégicas, entender o novo modelo de negócios, que é uma ruptura com o anterior, com maior velocidade na escolha do que o consumidor efetivamente vai querer comprar para poder ser produzido”, avalia.
A feira tem 650 expositores de 90 países e reúne os segmentos moda íntima, moda praia e fitness, infantil, jeanswear, bolsas e acessórios, componentes, insumos e design. Até o momento, o estande do Brasil já realizou 54 encontros de negócios com potenciais compradores.
A missão tem o objetivo de prospectar oportunidades de negócios, parcerias e fortalecer a rede de relacionamento na Colômbia e América Latina, incrementar o comércio do setor e monitorar tendências.
Segundo Maria Teresa, na feira, especialistas estão chamando a atenção para a velocidade extrema das mudanças no mercado, para a produção flexível e altamente voltada a atender os desejos do consumidor.
“Não tenho dúvida que o empresário que aqui participou sairá com muito mais conhecimento, animado e motivado a investir na abertura do mercado da Colômbia, mas também se preparando para enfrentar no Brasil uma concorrência acirrada da Colômbia porque é obvio que não podemos desprezar a possibilidade de o colombiano desvendar o mercado brasileiro”, concluiu.
A Colômbia é a quarta maior economia da América Latina e uma das mais dinâmicas da região.
A classe média colombiana duplicou, passando de 15% para 30% da população, e a taxa de pobreza foi reduzida de 50% para 35%. O setor têxtil colombiano é um dos mais relevantes da América Latina e representa um mercado de grandes oportunidades devido à situação atual de desenvolvimento econômico.