Saúde de Xanxerê na UTI
A Câmara de Vereadores de Xanxerê realizou nesta quarta-feira (19), a última sessão ordinária do mês de novembro. O presidente Regional do Sindicato dos Médicos de Xanxerê, Dr. Eduardo Guerra ocupou a tribuna, no início da sessão, para passar um cenário da saúde municipal.
A falta de médicos, salários baixos, morosidade nos exames e perspectiva de terceirização dos serviços médicos no município, foram alguns dos assuntos debatidos. O consenso foi a necessidade de encontrar uma solução para uma área vital para a população.
O médico, que trabalhou durante sete anos no município, é um dos profissionais que deixaram o serviço público municipal, este ano. Segundo ele,o motivo são os baixos salários, junto com as dificuldades de prestar um atendimento adequado ao paciente, como a solicitação de exames, que pode levar até mais de um ano.
“Tudo fica muito emperrado. Para direcionar o paciente para uma cirurgia ou outra especialidade, leva-se seis meses, e às vezes nem se consegue. Isto vai dificultando, porque não conseguimos dar um retorno para os nossos pacientes”, disse.
O vereador Flávio Filappi (PPS), que também é um dos médicos de especialidades, que deixou o serviço público este ano, apresenta um diagnóstico caótico da saúde municipal. “Boa parte dos postos não tem médicos 40 horas, que são o pilar do sistema de saúde.
Hoje temos um ortopedista, ginecologista e cardiologista 10 horas, e um pediatra 20 horas.T emos 300 a 400 grávidas, ao mesmo tempo. São 800 nascimentos por ano e somente um ginecologista 10 horas, por semana. Não é suficiente”, reclama.
O vereador Flávio Filappi (PPS), que também é um dos médicos de especialidades, que deixou o serviço público este ano, apresenta um diagnóstico caótico da saúde municipal. “Boa parte dos postos não tem médicos 40 horas, que são o pilar do sistema de saúde.
Hoje temos um ortopedista, ginecologista e cardiologista 10 horas, e um pediatra 20 horas. Temos 300 a 400 grávidas, ao mesmo tempo. São 800 nascimentos por ano e somente um ginecologista 10 horas, por semana.
Não é suficiente”, reclama. Com a saída dos médicos e a falta de resposta nos postos de saúde, o problema acaba na ponta, o Pronto Atendimento, que atendia cerca de 100pessoas e hoje são mais de 150, e o Hospital Regional São Paulo, que passou de 150 atendimentos a mais de 200 pessoas, por dia, sobrecarregando os profissionais.