01/11/2011 12h42 - Atualizado 01/11/2011 12h42

Orçamento impositivo

Por Paulo

Deputado federal em primeiro mandato, Rogério Peninha Mendonça (PMDB) deixou uma briga em Santa Catarina para assumir outra muito parecida na capital federal. Na Assembléia Legislativa, até o final de 2010, ele criticava as audiências públicas do orçamento regionalizado por não haver um percentual fixo no orçamento estadual para a execução das prioridades. Dessa forma, o governo não tinha obrigação de levar em conta a escolha de cada uma das regiões. Agora, em Brasília, a empreitada é a mesma, mas com as emendas parlamentares. Peninha explica que, sem caráter impositivo, não há como garantir que os recursos destinados para os municípios serão realmente liberados. “O deputado destina a verba para fazer um asfalto, a equipe técnica da prefeitura vai atrás dos documentos, toda a população cria expectativa… E no fim, o que acontece? O governo não libera o dinheiro e ponto final. Isso deixa a classe política ainda mais desacreditada”, desabafa o peemedebista.Na opinião do deputado, as eleições que ocorrem a cada dois anos são outro empecilho neste processo. “Da maneira como está, o Brasil trabalha um ano e folga outro. O período eleitoral, ano sim e ano não, impede que obras importantes sejam levadas adiante”, argumenta Peninha. Segundo ele, a única maneira de resolver este impasse é a coincidência de eleições, ou seja, um pleito a cada quatro ou cinco anos, para a escolha de todos os cargos eletivos de uma só vez.

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