27/10/2014 15h37 - Atualizado

Empresa dá calote em trabalhadores e lesa mais de 8,8 mil clientes

Por Paulo

Duas obras na área da construção civil foram abandonadasem Chapecó, deixando trabalhadores e clientes “a ver navios”. A empresa Criciúma Construções,  com  sede  na  cidade  de  Criciúma,  Sul  do  Estado,  fechou  as  portas causando revolta  das partes envolvidas e prejuízos financeiros,  éticos e morais.  A empresa  não resistiu  às dificuldades econômicas e  paralisou a  edificação de dois prédios residenciais em Chapecó com 100 apartamentos.

Diante dos primeiros indícios revelando quebra de compromissos com a categoria, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Chapecó–  Siticom  passou  a  minitorar  a  situação  para  preservar  os  direitos  de  seus representados. Com salários em atraso, Fundo de Garantia por Tempo de Serviços -FGTS não depositado,  férias não pagas e inadequadas condições de trabalho,  os profissionais decidiram entrar em greve. “O avanço não foi o esperado, mas surtiu pequenos avanços”, disse a presidente do sindicato, Izellda Oro.

Após o movimento realizado no último dia 8, a empresa fechou as portas “sem dar amínima  satisfação  aos  trabalhadores”  protestou  o  assessor  jurídico  do  Siticom advogado André Fossá. Como nenhuma proposta foi formalizada, imediatamente foi ajuizada ação coletiva. A peça jurídica pedia declaração de rescisão indireta, penhora ,busca e apreeensão cautelar para pagamento das verbas trabalhistas, especificamente salários e FGTS, de 30 trabalhadores.

Vitória – A juíza Paula Naves Pereira dos Anjos, da 3ª Vara do Trabalho, determinou obloqueio de bens da Criciúma até o limite de R$ 150 mil. Foi uma decisão “madura,coerente e responsável” demonstrando a preocupação da Justiça do Trabalho “paragarantir  o  sustento  dos  trabalhadores  que  foram  abandonados  e  suas  famílias”,elogiou Fossá. A primeira audiência está marcada para o próximo dia 26 de novembroe o advogado espera que a construtora apresente solução “ao problema que criou”.

A empresa não possuía filiar em Chapecó. Nos 18 meses de atuação no município,contratou  mais  de  200  funcionários.  Em  Santa  Catarina,  diz  o  Ministério  Público,exatos  8.801  consumidores  estão  sendo  lesados.  Protestos  dos  trabalhadores  eclientes  “pipocam”  em todo  o  Estado  e  milhares  de  ações cíveis  estão  na justiçaexigindo reparo dos prejuízos causados pela construtora.

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