Deputada Luciane cobra secretário por ações mais integradas entre as polícias no Oeste de SC
A deputada estadual Luciane Carminatti (PT) cobrou do secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, César Grubba, um levantamento detalhado dos dados sobre a violência no Oeste catarinense. Ela também solicitou mais atenção à região e um trabalho coordenado entre as forças de segurança.
O secretário foi convocado para falar com os parlamentares e responder questionamentos no plenário da Assembleia Legislativa (Alesc), nesta quinta-feira.
Segundo dados da Polícia militar, o primeiro trimestre de 2016 registrou aumento de 23% no número de homicídios e 24% no de roubos se comparado ao mesmo período do ano passado. Em sua fala, a deputada Luciane ressaltou o fato de o bairro mais populoso de Chapecó – a Efapi –, por exemplo, ter registrado um aumento de 50% no número de ocorrências gerais em comparação com o último ano.
— Em alguns municípios, como os do ABC Paulista, foi possível reduzir drasticamente a criminalidade com ações integradas e um detalhamento mais elaborado da violência. Meu principal questionamento é esse: como é possível fazer o mesmo por Chapecó e região, do ponto de vista da coordenação entre as diferentes polícias? — interrogou.
O secretário Grubba concordou com a efetividade da integração entre as polícias militar e civil, e afirmou ser necessário convocar mais pessoal, mas não detalhou como isso será possível:
— Estamos fazendo um trabalho forte de integração a partir das chefias, da ramificação dos comandos centrais e do alinhamento entre os serviços de inteligência do Estado. Mas não temos de onde tirar mais delegados, por exemplo, pois é necessário todo um processo que envolve convocação, treinamento e capacitação.
CONCURSO PÚBLICO, CÂMERAS E DELEGACIA DA MULHER
Após questionar Grubba sobre as ações voltadas para o Oeste, a deputada Luciane também solicitou mais informações sobre outras questões ligadas à segurança em Chapecó – em especial a Delegacia da Mulher do município, que funciona apenas entre 12h e 19h, de segunda à sexta; e o funcionamento das câmeras de segurança, que não puderam fornecer imagens de um dos crimes mais violentos do ano (um tiroteio que deixou dois mortos em frente a uma casa noturna, em abril).
— Não há como dizer para as mulheres que sofrem violência doméstica que elas precisam se adaptar ao horário do Estado — criticou Luciane.
A deputada ainda pediu urgência no edital de convocação dos policiais militares e civis aprovados em concurso. Só de PMs são 658 que seriam chamados em março de 2015 – o que ainda não ocorreu. Somando os excedentes (aptos e aprovados no concurso, mas não convocados), são pelo menos 1,1 mil policiais militares. A previsão atual é que os aprovados sejam convocados em junho