27/05/2015 12h14 - Atualizado

Deputada Luciane aprova audiência pública para discutir segurança em Chapecó

Por Paulo

Os desafios da segurança pública serão pauta da audiência pública que acontecerá no mês de junho em Chapecó. O pedido para realização desta reunião foi protocolado pela deputada estadual Luciane Carminatti na Assembleia Legislativa e aprovado pelos parlamentares. De acordo com Luciane, o objetivo é reunir todas as entidades e órgãos ligados ao setor na busca de alternativas de combate à violência e crimes no município.

“Chapecó tem ocupado o posto de cidade mais violenta do estado nos últimos anos. Não podemos ficar de braços cruzados a espera de soluções. Ao mesmo tempo, precisamos nos unir para fortalecer as ações ao invés de esperar que propagandas dos governos resolvam esse problema”, lamenta Luciane.

A parlamentar apresenta um comparativo entre municípios com número de habitantes aproximados e comprova que a situação em Chapecó é ainda mais grave. A cidade, com 202 mil moradores, fechou 2013 com 47 homicídios, 4 latrocínios e 228 ocorrências por tráfico, conforme registro da Secretaria de Estado. Em 2104, foram 59 homicídios dolosos, 3 latrocínios e 295 ocorrências por tráfico de drogas. Neste ano, o município também registra o maior número de homicídios.

Criciúma, com 204 mil habitantes, registrou 32 homicídios em 2013 e 35 em 2014. Itajaí, por ser cidade portuária e com maior tendência do tráfico de drogas, conforme estudos, ainda registra menor número de ocorrências que Chapecó. Foram 28 homicídios em 2013 e 184 registros de tráfico de droga. No ano seguinte, 36 homicídios e 268 crimes por tráfico. São José, na Grande Florianópolis, com 228 mil habitantes, foram 34 e 24 homicídios respectivamente.

“Precisamos analisar e entender os números, ouvir o que cada órgão está planejando, quais são os investimentos previstos, quais as ações voltadas aos crimes praticados por menores, o que fazer se não há vagas de reclusão, se não há efetivo suficiente tanto da PM quanto da civil, não há investigação ou sistemas modernos e eficientes. São grandes os desafios e, por isso, também queremos envolver a sociedade nesse debate”, enfatiza.

Segundo a deputada, há preocupação das entidades, como universidades, sindicatos, conselhos, em propor alternativas a médio e longo prazo para diminuir a violência. “A audiência pode contribuir nesse processo, pois a partir daí teremos dados e informações necessárias para desenvolver um trabalho permanente e decisivo na redução da criminalidade. Faremos nosso papel e buscaremos contribuir para resolver essa questão, cobrando do estado condições necessárias e apoiando as entidades na busca de alternativas”.

A audiência pública será agendada para este mês de junho e deverá contar com a participação das seguintes instituições, que serão convidadas nos próximos dias: Secretaria de Estado da Segurança Pública; Polícia Militar de Santa Catarina; Polícia Civil de Santa Catarina; Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) e o Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório (Casep) de Chapecó; Ministério Público do Estado de Santa Catarina; Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (SNASP/MJ); Ministério Público Federal; Prefeitura Municipal de Chapecó; Universidades localizadas no município; Conselhos Comunitários de Segurança de Segurança (Consegs), Associações Comunitárias e entidades representativas.

Faça seu comentário

Você pode usar essas tags HTML:
<a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>