02/04/2018 11h39 - Atualizado

Comissão de Agricultura debate estratégias para suprir abastecimento de milho

Por Paulo

A Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Natalino Lázare, esteve reunida nesta quarta-feira, 28, para discutir a problemática do abastecimento do milho em Santa Catarina.

Como se sabe, existe um descompasso entre a oferta e consumo do grão, fazendo com que os preços oscilem muito de forma a desestimular o produtor e o consumidor nas granjas de suínos e aves concentradas no Estado.

“Nós consumimos o dobro do que é produzido aqui e a produção do Centro-Oeste brasileiro está direcionada cada vez mais para o Norte do país.

Outras questões são as condições precárias de logísticas, em especial na aduana de Dionísio Cerqueira que dificultam a importação do milho de países como Argentina e Paraguai”, explica o parlamentar.

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, destacou que há um crescimento constante da produção de milho no Brasil, mas as integrações têm um alto consumo e a destinação do grão para a fabricação de etanol aumentam a preocupação neste contexto.

“O Brasil tem um dos maiores estoques de milho da história, porém o produtor não quer vender porque querem esperar o preço mais alto possível e desta forma fica praticamente inviável produzir proteína animal com os números do mercado de hoje”, ressalta.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedroso, explica que a situação do milho é crônica que existe há anos.

“O produtor de milho sofreu uma frustração na safra passada, porque acreditaram em um preço futuro que infelizmente não aconteceu. É preciso ter um maior engajamento entre todos os agentes dessa cadeia produtiva para superar esta situação”, afirma.

O secretário de Agricultura e da Pesca, Airton Spies, aponta que a alta nos preços do grão influenciam diretamente a competitividade das agroindústrias instaladas no estado.

“Hoje, nós estamos numa gangorra onde um ano ganha a indústria de carnes e outro ano ganha o produtor de milho e precisamos de mecanismos para equilibrar o preço”, destaca o secretário.

 

Com informações de AGENCIA ALESC

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