05/04/2017 11h34 - Atualizado

Começa nos bastidores a Operação Prende Lula

Por Paulo

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato na primeira instância, agendou  o interrogatório dos réus na ação penal que envolve um triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser interrogado em 3 de maio, às 14h, na sede da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba.

Os interrogatórios começaram em 20 de abril e Lula será o último réu a ser ouvido. Antes, estão marcados os depoimentos dos outros seis réus na ação.

A denúncia, aceita em setembro do ano passado, abarca três contratos da OAS com a Petrobras. De acordo com a acusação, R$ 3,7 milhões em propinas foram pagos a Lula.

Para os procuradores do Ministério Público Federal (MPF), a propina se deu por meio da reserva e reforma do apartamento triplex, em Guarujá, e do custeio do armazenamento de seus bens.

Na outra ponta: o  juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, foi responsável por transformar o ex-presidente Lula réu pela terceira vez, sob acusação de ter beneficiado a Odebrecht com empréstimos do BNDES em troca da contratação da empresa de um sobrinho.

Vallisney é responsável por operações de grande impacto, como Zelotes, Greenfield e “Cui Bono?”, e já tornou Lula réu em duas ações penais. 

A Zelotes, iniciada em 2015, apura a venda de decisões do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), do Ministério da Fazenda.

O magistrado também foi o responsável pela Operação Métis que, em outubro de 2016, prendeu tiras legislativos do Senado, acusados de tentar atrapalhar a Lava-Jato.

Outra operação sob o comando de Vallisney é a Greenfield (setembro de 2016), para apurar crimes contra fundos de pensão.

Em janeiro, Vallisney de Souza Oliveira autorizou aa Operação “Cui Bono?” a investigar fraudes na Caixa Econômica Federal.

Há no dito “mercado” de direito criminal a seguinte percepção: Vallisney de Souza Oliveira vai condenar Lula primeiro. Mas a vara de Vallisney de Souza Oliveira ainda não é de todo digitalizada.

O que faz com que Sérgio Moro corra por fora, e condene Lula passadas as alegações finais da defesa do ex-presidente, a serem feitas cinco dias depois da audiência de Lula, em Curitiba, a 3 de maio.

 

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