Chapecoense conta com atletas tarimbados para a estreia contra o Zulia na Libertadores
A estreia na Libertadores da América, nesta teça-feira, às 21h45min, diante do Zulia, na Venezuela, marca mais um passo na evolução da Chapecoense.
Em 43 anos, um time montado para disputar campeonatos regionais e o Catarinense conquistou o Brasil ao sair da Série D em 2009 para chegar à Série A em 2014. Chegar a esta competição é um importante marco, já que, no Brasil, a conquista de uma vaga para a Libertadores é um feito comemorado como um título pelos clubes.
Mas quem já jogou afirma que este é um torneio diferente de todos os outros. É lugar para quem tem a casca grossa, para os times experientes. Nesta noite, Chape e Zulia pisam em campo pela primeira vez na Libertadores. Na balança da experiência, é o clube catarinense quem leva a vantagem, já que é o atual campeão da Copa Sul-Americana.
Em campo, a Chapecoense também tem jogadores acostumados com o torneio internacional. Um deles é o atacante Wellington Paulista, que disputou o certame em três ocasiões, entre 2009 e 2011, todas pelo Cruzeiro, sendo vice-campeão em 2009.
– É um campeonato diferente, muito pegado, muito motivante e a gente vai em busca de coisa grande para a Chape – disse o atacante.
Quem também já jogou no torneio são os laterais Apodi, Diego Renan, Reinaldo e Zeballos, o goleiro Artur, o meia Dodô e o volante Luiz Antônio.
Com um time totalmente remodelado, mas com o mesmo espírito dos desbravadores do Oeste, a Chapecoense quer representar bem Santa Catarina e o Brasil.
Fama de "copeiro"
A Chapecoense foi uma das surpresas em sua estreia na Copa Sul-Americana em 2015, eliminando o Libertad e jogando de igual para igual com o River Plate (atual campeão da Libertadores), vencendo o confronto de Chapecó por 2 a 1, o que não foi suficiente para a classificação devido à derrota por 3 a 1 em Buenos Aires.
Na Sul-Americana do ano passado, mostrou seu espírito copeiro eliminando o Cuiabá na fase nacional, depois venceu o Independiente, da Argentina, nos pênaltis, com o goleiro Danilo pegando quatro cobranças, passou pelo Junior Barranquilla. Depois, despachou o San Lorenzo com um empate sem gols na Arena Condá.
O gerente de futebol da Chapecoense e ex-goleiro do clube, Nivaldo, que participou de todos os acessos e conquistas entre 2006 e 2016, disse que desde que chegou no clube percebeu esse espírito de ter um time com muita pegada e vibração, característica das equipes do Sul do país principalmente.
A proximidade da fronteira com a Argentina e a colonização gaúcha são apontadas como fatores para o time ter esse perfil de raça, entrega e luta.
– Esse clube tem uma característica de não desistir nunca – afirmou o diretor-executivo Rui Costa, que trouxe para a Chapecoense sua experiência de ter montado o time do Grêmio na Libertadores do ano passado.
FICHA TÉCNICA
ZULIA
Vega, Rivillo, Plaza, Kambou e Notaberto; César Gómez, Jr. Moreno, Savarino, Arango e Orozco; Unrein. Técnico: Daniel Farias.
CHAPECOENSE
Artur, João Pedro, Grolli (Fabrício Bruno) e Nathan; Andrei Girotto, Luiz Antonio e Nadson (Dodô); Niltinho, Wellington Paulista e Arthur. Técnico: Vagner Mancini.
Arbitragem: Omar Ponce, auxiliado por Luís Vera e Juan Macias (trio do Equador)
Horário: 21h45 (Brasília)
Local: Estádio José Encarnacion "Pachencho" Romero, em Maracaibo, na Venezuela.
Fonte: Clicrbs