Caso Marcelino Chiarello
A deputada estadual Luciane Carminatti e o deputado federal Pedro Uczai estiveram em audiência, na tarde desta terça-feira (18) em Florianópolis, com a subprocuradora geral de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina, Walkyria Ruicir Danielski, para tratar do caso da morte do professor e vereador de Chapecó Marcelino Chiarello.
Os parlamentares aguardam um posicionamento do Ministério Público do Estado, que assumiu o caso após a Promotoria de Chapecó solicitar o arquivamento do processo, ainda em 2013.
Nos autos constam laudos divergentes, entre eles os apresentados pela Polícia Federal e também pelo Departamento de Medicina Legal da Universidade de São Paulo (USP), a pedido da família de Chiarello.
As inúmeras divergências encontradas entre os laudos, nos oito volumes do processo, são a causa da demora para conclusão do parecer do MP, justifica a subprocuradora. "Há indícios de homicídio e também de suicídio advertidos pelos laudos que precisaram ser analisados criteriosamente do ponto de vista técnico e sob os aspectos jurídicos.
Ainda estamos estudando o caso, inclusive solicitamos ajuda de outros especialistas, e após o recesso de fim de ano devemos apresentar o parecer", explica Walkyria.
O deputado Pedro Uczai lembrou da história do vereador Marcelino no combate à corrupção e também do líder comunitário que trabalhava em defesa de importantes projetos para o município.
"Na época não houve diálogo entre o laudo da PF e o apresentado pela equipe da USP. Esperamos que o Ministério Público esclareça, pois quem conheceu o professor Marcelino sabe que ele era defensor da vida", enfatiza.
Segundo Luciane, há muitas contradições no processo, com condições nebulosas de investigação desde o acontecimento. "Neste dia 28 de novembro completa três anos da morte do nosso companheiro Marcelino sem nenhuma conclusão aceitável. Queremos que a verdade e a justiça apareçam", defende a deputada Luciane.