12/07/2012 14h50 - Atualizado 12/07/2012 14h52

Candidatos com nomes exóticos

Por Paulo

Se a Seleção Brasileira, que vai tentar o primeiro título Olímpico, conta com Pato e Ganso. A lista de selecionáveis as 293 Câmaras de Vereadores catarinenses tem representantes da Fauna e Flora: Jacaré, Bambu, Camarão, João do Burro, Galo da Barra, Nega Cutia, Lambari, Gato Preto, Zé Gado, Nerci Picão e Xaxim. Esses são apenas alguns dos nomes exóticos nas urnas das eleições municipais deste ano. A lista ainda pode aumentar, pois  o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ainda não atualizou todos os pedidos de registros no Estado.Para chamar a atenção dos eleitores, muitos candidatos utilizam a criatividade na hora de fazer o registro. Em Palhoça, por exemplo, o PP entrou em campo com Polenta, Jacaré, Bambu e Camarão.

 

Candidatos com nomes exóticos II

 

Em Biguaçu, Edimilson Daniel será cadastrado na urna eletrônica como Guiliça. De Caçador surgem os impagáveis Toninho Caxão, Audir Tora e Soro. Cocal do Sul também tem concorrente bom de urna. Edenilson José Rodrigues (PTB) está com fome de votos. Ele registrou-se como Fominha.Nomes curiosos são iguais aquelas músicas chicletes que entram na moda no começo do verão. Só saem da cabeça, quando surge outra para ocupar o espaço na memória. Eles ganham força com propagandas de carros, motos e até bicicletas com caixas de som rodando pelas cidades.A lista do TSE tem alcunhas inovadoras como garrafão, as culinárias como Batata e Pescadinha, e também cópias batidas como Chapolim e Moranguinho.  Se os postulantes com nomes de frutas, bichos e alimentos utilizarem a mesma criatividade nos discursos, não faltarão propostas pra lá de exóticas para cativar o eleitorado. Apesar de política ser coisa séria, o horário político promete arrancar muitas gargalhadas este ano. Só não vale levar o bom humor para a cabine de votação.

 

Estratégia é tiro no pé, diz especialista

 

Coordenador do Ipes/Univali (Instituto de Pesquisas da Universidade do Vale do Itajaí), o professor Sérgio Saturnino Januário, considera a escolha de nomes exóticos um tiro no pé. Segundo ele, o apelo não garante sucesso nas eleições. “Não gera confiabilidade. Na hora de comparar o hilário com o sério, o eleitor fica com o sério. No máximo, pode ganhar notoriedade para se eleger para a uma associação do bairro”, avalia. Para Januário, os candidatos exóticos pensam que serão o novo  Francisco Everardo Oliveira Silva, o palhaço Tiririca (PR), eleito com deputado federal em São Paulo com 1.353.820 votos. Porém, há diferenças. “Ele já tinha o reconhecimento em cima das paródias musicais. Não foi um nome eleitoral. Conseguiu fazer boa campanha. Foi eleito sem votos de protestos”, comparou o professor.

 

 

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