Apreensivos, líderes mundiais buscam esclarecimentos sobre políticas de Trump
Líderes de todo o mundo reagiram à vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos com ofertas de trabalhar junto com o próximo presidente dos EUA, mas também demonstraram apreensão sobre a maneira que o republicano irá lidar com uma série de problemas, do Oriente Médio à assertiva Rússia.
Vários líderes autoritários e de direita elogiaram o empresário bilionário e ex-apresentador de reality show, que conquistou a Presidência do país mais poderoso do mundo contrariando todos os prognósticos.
Trump, que não tem experiência política ou militar, enviou mensagens conciliatórias depois de derrotar a rival democrata Hillary Clinton, prometendo buscar o meio termo, e não o conflito, com os aliados dos EUA.
Durante a campanha, Trump expressou admiração pelo presidente russo, Vladimir Putin, questionou princípios centrais da Otan e sugeriu que o Japão e a Coreia do Sul deveriam desenvolver armas nucleares para arcarem com seus próprios problemas de defesa.
Putin foi um dos primeiros a dar os parabéns depois que Trump declarou vitória.
Os laços entre Washington e Moscou se tensionaram devido aos conflitos na Ucrânia e na Síria, e alegações de ataques cibernéticos russos emergiram durante a campanha eleitoral.
"Ouvimos as declarações de campanha do futuro presidente dos EUA sobre a restauração das relações entre a Rússia e os Estados Unidos", disse Putin.
"Não é um caminho fácil, mas estamos prontos para fazer nossa parte e fazer tudo para levar as relações russas e norte-americanas de volta a um caminho estável de desenvolvimento", acrescentou.
O presidente Michel Temer cumprimentou Trump por telegrama e afirmou "estar certo" de que será possível trabalhar junto com o republicano "para estreitar ainda mais os laços de amizade e cooperação que unem nossos povos", segundo o Itamaraty.
"O Brasil e os Estados Unidos são duas grandes democracias que compartilham valores e mantêm, historicamente, fortes relações nos mais diferentes domínios", escreveu o presidente.