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cobertura de internet móvel nas rodovias estaduais e federais de Santa Catarina enfrenta desafios consideráveis. Segundo recente estudo da Anatel, atualizado em setembro de 2024, a cobertura média de 4G nas rodovias catarinenses é de aproximadamente 60%. Esse índice reforça as preocupações manifestadas por autoridades estaduais, que buscam alternativas para melhorar o serviço. Atualmente, o estado ocupa o décimo lugar no ranking nacional de cobertura rodoviária, atrás do Distrito Federal, que lidera o ranking, seguido por São Paulo, Sergipe, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraíba, Paraná, Alagoas e Rio Grande do Norte.
Em entrevista concedida à TVAL, o deputado estadual Jair Miotto, vice-presidente da Comissão de Economia, Ciência, Tecnologia e Inovação, apontou três medidas fundamentais para ampliar a cobertura nas estradas.
A primeira é a realização de um novo leilão pela Anatel, já que a empresa vencedora anterior, Winity, desistiu. Com isso, já são três empresas que abandonaram contratos similares. Miotto afirmou que o objetivo principal é incentivar empresas menores, oferecendo às maiores a oportunidade apenas se não houver interesse das primeiras. Atualmente, a cobertura nas rodovias é feita predominantemente por operadoras como Tim, Claro, Vivo e pela catarinense Unifique, sediada na cidade de Timbó.
Segundo o levantamento disponibilizado pela Anatel, nas rodovias estaduais catarinenses, a cobertura das operadoras é de 53,3% para TIM, 51,1% para Vivo, 43,8% para Claro e 1,8% para Unifique. Já nas rodovias federais, a TIM apresenta cobertura de 57,5%, Vivo com 57,4%, Claro com 52% e a Unifique com 2,3.
Outro ponto destacado pelo deputado é o programa “Internet Rural”. Miotto ressaltou que o governo estadual já atua nessa iniciativa, destacando a relevância das parcerias público-privadas para levar conectividade às áreas rurais. Ele citou experiências bem-sucedidas em estados como Minas Gerais e Paraná.
O terceiro aspecto é a redução da burocracia nos processos de licenciamento ambiental para agilizar a instalação da infraestrutura necessária.“Necessitamos da liberação dos alvarás e das licenças ambientais em tempo recorde”, frisou Miotto.
A precariedade do sinal tem gerado reclamações frequentes entre usuários das rodovias, destacando problemas como falta de comunicação e risco à segurança em situações emergenciais. Atualmente, a disponibilidade de internet nas rodovias catarinenses depende significativamente da infraestrutura presente nas cidades adjacentes. Operadoras como a Unifique têm expandido consideravelmente seus serviços nas cidades menores, mas a cobertura específica para as rodovias ainda demanda investimentos específicos.
Miotto ressaltou ainda o compromisso das empresas em cumprir antecipadamente as obrigações contratuais.
No entanto, sem soluções para os entraves burocráticos e avanço efetivo no projeto de internet rural, a cobertura insuficiente continuará sendo um desafio.
Espera-se que novas reuniões entre representantes da Anatel, da Alesc, do governo estadual e das operadoras tragam resultados práticos e rápidos para melhorar o acesso à internet nas rodovias Catarinense.