11/04/2019 11h40 - Atualizado 11/04/2019 11h47
Na Alesc: começam os trabalhos da Frente Parlamentar em Defesa da Eletrosul
Querem transformar a catarinense Eletrosul numa empresa de energia suja, de menor patrimônio líquido e com sede em outro estado.”
Alertando para o atual objetivo da presidência da Eletrobrás, a deputada Luciane Carminatti (PT) abriu a instalação da Frente Parlamentar em Defesa da Eletrosul.
Em questão, está o processo de incorporação da empresa pela gaúcha CGTE. Se for concluído, a Eletrosul – sexta maior empresa de Santa Catarina – será extinta e terá todo o patrimônio transferido.
Durante sua instalação, nesta terça (09), a Frente Parlamentar que já contava com o apoio de nove deputados recebeu mais duas adesões.
Ricardo Alba (PSL) informou que acionou a Frente Parlamentar Catarinense em Brasília e o Ministério de Minas e Energia.
Marlene Fengler (PSD) destacou o valor simbólico da Eletrosul para Santa Catarina.
“A maioria de nós tem algum amigo, vizinho ou parente que trabalha ou já trabalhou na Eletrosul.”
Voz aos funcionários
Deusdete de França Saraiva, representante dos aposentados da empresa, cobrou a ausência do governador Carlos Moisés da Silva e do secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Lucas Esmeraldino.
“A ausência do governo do Estado nos causa preocupação. Não adianta receber o pleito com preocupação e não dizer à sociedade o quanto está interessado na causa de milhares de catarinenses”, disse.
Uma das principais representações dos cerca de 1,3 mil funcionários, a Intersul fez contrapontos à nota de esclarecimento da Eletrobrás, publicada dias atrás. “Com a incorporação, a empresa resultante terá patrimônio líquido menor ao da Eletrosul e inferior ao crédito tributário que tenta justificar a incorporação”, defendeu Eduardo Back.
Back reconheceu, ainda, a importância da Frente Parlamentar para combater a falta de transparência que, em desacordo com o princípio da gestão pública, está marcando o processo de incorporação.
Encaminhamentos
Entre os encaminhamentos da Frente Parlamentar, Luciane Carminatti destacou a cobrança por posicionamento da Bancada Federal Catarinense, a abertura de diálogo com o MPF e o MPT sobre o tema, a busca de novas informações e a ampliação do debate com a sociedade.
“Essas tarefas passam a ser prioritárias, porque barrar a perda da Eletrosul é urgente, não temos muito tempo”, concluiu.