Fiesc faz balanço da indústria em 2016 e projeta economia para o próximo ano
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) acredita na retomada da economia em 2017.
A maior parte dos indicadores do setor do ano acumulam resultados negativos, influenciados pelo agravamento da crise econômica e política.
Em comparação a 2015, de janeiro a outubro, as vendas diminuíram 10,8%, a produção industrial acumula queda até setembro de 4,2% e os estoques estão elevados para o período.
De janeiro a novembro em relação ao mesmo período no ano passado, as exportações se reduziram 2,6% e as importações 19,9%.
“A nossa conclusão é que o governo precisa, de fato, encaminhar propostas que reestabeleçam a confiança no setor público e em relação às condições de investimento tanto do setor doméstico quanto do externo”, afirmou o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte.
As boas notícias
Apesar dos dados negativos, a indústria de transformação catarinense mantém o posto de maior geradora de empregos do Brasil em números absolutos, com 5.146 contratações no acumulado do ano até outubro.
A produção industrial do Estado do acumulado do ano até setembro em relação ao mesmo período em 2015 registrou crescimento nos setores de alimentos (3,9%) e máquinas aparelhos e materiais elétricos (4,5%).
Entre os segmentos que apresentaram retração destacam-se produtos de metal (-21,2%), minerais não-metálicos (-13,8%), metalurgia (-15,1%) e borracha e plástico (-6%).
Vendas
As vendas industriais do Estado têm apresentado comportamento estável nos últimos meses, porém em patamares inferiores em relação a anos anteriores.
De janeiro a outubro em comparação ao mesmo período no ano passado, os segmentos que mais apresentaram retração foram de produtos de metal (-28,5%), móveis (-23,3%), metalurgia (-14,7%), vestuário (-14,2%), informática, eletrônicos e óticos (-13,4%), máquinas e equipamentos (-9,5%) e plástico (-9,1%).
Santa Catarina é o oitavo Estado mais exportador do País, com participação de 4,1% no total dos embarques.
Pelo lado das importações, o Estado mantém a posição de quarto importador nacional, com 8,5% de participação no total do Brasil.