O ladrão que nunca deveria ter saído da cadeia
O medo de ser preso é grande por parte do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Ele apresentou nesta quinta-feira (2), ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, pedido de habeas corpus preventivo para não ser preso no curso das investigações da Operação Lava Jato.
O recurso foi impetrado por volta das 10h30, pelo advogado Roberto Podval, que integra a banca da defesa. No pedido encaminhado à Justiça, a defesa do ex-ministro afirma que o escândalo do petrolão, com prisões sucessivas e até agora 15 fases distintas de investigação, gerou um "surto de medo coletivo".
No pedido de habeas corpus preventivo em favor de José Dirceu, os advogados de defesa alegam que o ex-ministro não deve ser preso por não representar risco à ordem pública, à instrução do processo ou mesmo risco à produção de provas na Lava Jato, já que, condenado no julgamento do mensalão, ele cumpre prisão domiciliar em Brasília.
Conforme levantamento da Receita Federal, o ex-ministro José Dirceu faturou R$ 29,2 milhões com a prestação de serviços de consultoria de 2006, depois de deixar o governo Lula, a 2013. Claro, tudo honestamente!
Condenado no julgamento do mensalão pelo crime de corrupção ativa, José Dirceu é alvo de inquérito na Lava Jato por suspeitas de utilizar sua empresa de consultoria para lavar dinheiro de propina. A situação do petista ficou mais delicada, segundo a avaliação de procuradores da Lava Jato, após o acordo de delação premiada, assinado pelo lobista Milton Pascowitch.