Projeto traz inclusão através do ensino bilíngue
Alunos aprendendo duas línguas na escola,ainda na educação infantil de Chapecó. Ao contrário do que muitos pensam não estamos falando de inglês ou espanhol, por exemplo, mas de libras. Através da Língua Brasileira de Sinais -Libras, o projeto “Ensino Bilíngue”, traz para o Centro de Educação Infantil Príncipe, no Bairro Presidente Médici, uma boa história sobre como acontece ainclusão.
O projeto é desenvolvido com a turma do pré-escolar e envolve cerca de vinte ecinco alunos. Segundo a professora Leidiane Cardoso da Silva, o desafio em trabalharlibras com as crianças de 5 e 6 anos, surgiu a fim de contemplar a necessidade do aluno com deficiência auditiva, Mateus de Bastiane, quebrando as barreiras da comunicação entre aluno surdo e aluno ouvintes.
Aos poucos o projeto foi possibilitando que, juntos estudantes e professores,pudessem superar as limitações. “Pensamos nas necessidades do nosso aluno, para que ainclusão acontecesse de fato. É muito importante ressaltar que o desenvolvimento dasatividades foi possível pois houve uma aceitação mútua”, explica a professora.
As ações seguem um planejamento pedagógico e contam com um professor de Libras, que vai toda a terça-feira no espaço escolar, ensinar os sinais para as crianças. Logo o projeto ampliou-se, tomou conta dos corredores e trouxe a família para . Agora a mãe, Natuana de Bastiane, participa das aulas de Libras e faz com que ainclusão também aconteça em casa e estenda-se para a comunidade.
“A inclusão do meufilho no Ceim está sendo maravilhosa. Percebo as mudanças desde que as aulascomeçaram, como ele está mais calmo e tranquilo, pois está conseguindo se comunicar.E agora, que eu também estou participando das aulas, estou conseguindo me comunicarcom ele, e isso está sendo muito bom”, conta.
Para que as ações não sejam desenvolvidas apenas uma vez por semana, todos osprojetos da turma foram adaptados, fazendo com que a Libras seja, efetivamente, asegunda língua de toda a classe.
“Muito se fala em inclusão, mas quando ela acontecede maneira efetiva é sinal que todos estão fazendo a sua parte: os professores, a gestãoda escola, os alunos e principalmente as famílias. Incluir de maneira plena é fazer comque o currículo escolar também seja pensado e desenvolvido pensando nos alunos com deficiência, possibilitando que a criança aprenda, se sinta bem e feliz no espaço escolar”, disse a Secretária Municipal de Educação, professora Astrit Tozzo.