04/07/2013 00h09 - Atualizado 04/07/2013 00h12

Entre o lobby e o caos

Por Paulo

Um lobby muito forte das associações médicas quer transformar a medicina em carreira de estado, assim como já são, na área jurídica, o atendimento do poder Judiciário. Concordo, desde que o mesmo se possa fazer para professores, engenheiros… e tantas outras carreiras para as quais também os profissionais são mal remunerados e fogem de se afastar dos grandes centros. Mesmo concordando, para qualquer profissão,  aqui a dos médicos, deveria haver algumas ressalvas.

 

Entre o lobby e o caos II

Primeira: todo aquele que cursar uma universidade federal, recebendo estudo de graça, deve passar o mesmo período de tempo em qualquer cidade do interior, designado pelo poder público. Segundo: é necessário que faça um estágio junto à ONG Médicos Sem Fronteira. O objetivo seria humanizar uma profissão que, hoje, na sua maioria, negocia salários e esquece o juramento que fez em salvar vidas! Terceiro: sendo carreira de estado, ao ser nomeado, deveria ficar ao menos por dez anos no mesmo lugar e não usar de subterfúgios para, depois de um ano, receber sua transferência!  Sendo assim, meu total e incondicional apoio!

Entre o lobby e o caos III

Fiquem certos, poderíamos ter bons profissionais, cumprindo com a sua missão, sendo bem (creio que muito bem) remunerados, prestando um serviço que hoje nem pode ser classificado de deficiente, pois, em muitos casos, é inexistente. Por favor, vamos parar de bravatas e fazer uma negociação séria. Nesta quebra de braço entre governo e entidades médicas, somente nós é que perdemos, em muitos casos, com sequelas graves, quando não com a perda de vidas. E, nestes casos, recorre-se a quem? Ao bispo?

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